Você já saiu de uma aula com vontade muito grande de compartilhar a sua vivência com um colega? Seja porque algo deu muito certo ou muito errado naquele dia. Uma atividade que surpreendeu positivamente você e seus alunos, e que certamente deveria ser aplicada por outros; ou o contrário, algo que você vislumbrou, mas que na prática não funcionou. Podemos chegar em casa e descrever a situação para o cônjuge, filhos, ou roomate, mas a experiência não é a mesma, pois só outro professor conhece a sala de aula como você.
Apesar de lidarmos diretamente com os alunos, o trabalho de um docente é geralmente solitário. A aula representa apenas uma parcela pequena de todas as nossas tarefas. Na verdade, ela é a concretização de horas de planejamento, estudo e preparações. E todas estas outras atividades são, com frequência, desenvolvidas individualmente. Ao executarmos nossos afazeres desta forma, perdemos a riqueza que a coletividade nos traz, além de trabalharmos muito mais. Por que “perder tempo” desenvolvendo uma atividade que um outro professor já idealizou, já executou e ainda por cima, possui os resultados de sua aplicação? Por que não compartilhar não só a atividade, mas também a experiência de como ela funcionou na aula? Assim sobraria mais tempo para realizar um novo exercício relacionado à própria docência, ou, quiçá para dormir melhor, meditar, escutar música, ou qualquer outra prática que lhe possa interessar.
Mais do que compartilhar experiências, o que você passou na sala de aula pode ajudar no trabalho de outro professor. Elas podem contribuir tanto para o bem estar emocional quanto para auxiliar no aprimoramento técnico. Os frutos destas trocas seriam enormes. Acreditamos que cada professor teria um livro de histórias para contar. Um mesmo título: “Meus anos de docência: o que presenciei na sala de aula”, mas com relatos bastante diversos.
Sobretudo neste período de pandemia (e lá se foi um ano letivo!), perdemos o nosso espaço de convivência – a sala dos professores – e o apoio dos colegas se tornou distante. Conversas sobre alunos, avaliações, burocracias, tentativas de se aplicar novas ferramentas, se elas funcionaram, se não funcionaram... Tudo isso ficou para segundo plano.
Queremos resgatar as trocas – e mais – queremos criar um ambiente no qual os professores possam compartilhar suas angústias, frustações, vivências, experiências, acertos e erros. Um local de acolhimento, em que ninguém julga ninguém, mas sim fortalece o sentimento de empatia, justamente porque dividimos uma trajetória comum. Foi assim que o Inova Docente idealizou o Depois da Aula, um espaço de transformação por meio do compartilhamento entre docentes.
Como vai funcionar o Depois da Aula? Faremos encontros todos os meses com temas pré-determinados, livres ou escolhidos por vocês, que acontecerão em ambiente virtual. Para garantir a fala de todos os participantes o número de inscritos será limitado. Queremos realmente prestar atenção e ouvir o que você tem para nos dizer.
O primeiro Depois da Aula será uma experiência. O título que embasará as discussões deste nosso encontro será “Balanço do ensino remoto em 2020” (pode render até uma tese, você não acha?). Convidamos alguns colegas professores que admiramos e que irão nos ajudar a nortear esta empreitada.
Em breve relataremos os frutos deste encontro, e os aprendizados desta vivência nos ajudarão a conduzir o Depois da Aula de janeiro que será destinado a qualquer professor que possa se interessar. Acompanhe-nos, pois logo serão abertas as inscrições. Você não pode perder!
